segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Por Débora Jacks

No dia 5 de dezembro a diretora do Centro, Débora Jacks, enviou uma mensagem para todos. Leia:

"Há exatamente um ano subimos as escadas da prefeitura, ansiosos e felizes... Enfim a assinatura do Decreto de criação do Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura! Neste dia, assumimos o compromisso de implantar o Centro.
Ainda me emociono quando lembro das mães; seus olhares, sorrisos, palavras e lágrimas (mas desta vez de felicidade). Cumprimos nossa palavra!
Aqui estamos com nosso maior tesouro, nossos alunos que iluminam todos os dias as nossas vidas, que nos ensinam a superar as dificuldades e a sonhar, desejar, conquistar... Agradeço à equipe de trabalho do Centro, profissionais dedicados, apaixonados e muito competentes. Agradeço às famílias que confiam no nosso trabalho e nos apoiam. Agradeço à prefeitura, às parcerias, aos amigos... A todos que acreditaram neste sonho (foram muitos)! E agradeço especialmente ao professor Gilberto Garcias pela confiança que depositou na equipe do Centro, apoiando e auxiliando no desenvolvimento do trabalho.
E como não poderia ser diferente, compartilhamos nosso símbolo, nosso Pé de Jabuticaba. Lindo, forte e duradouro. Carregado de bons frutos, de sementes e de vida!"
Débora Jacks



"Otimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito sem esperança ou confiança"
Helen Keller

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Autismo e preconceito

Uma sociedade que ainda não aceita o diferente

A sociedade de uma forma geral comporta um número infinito de diferenças. A Síndrome do Espectro Autista é mais uma delas e se caracteriza pela dificuldade na interação social e presença de comportamentos repetitivos e estereotipados (saiba mais).
Poucas décadas atrás, a Síndrome do Espectro Autista, a Síndrome de Down e tantas outras viviam isoladas dentro das casas, escondidas da sociedade. Não existiam diagnósticos ou tratamentos. Felizmente, hoje a realidade é outra. O “estranho” está no supermercado, na livraria, no parque ou talvez sejamos nós.
Ao conversar com as famílias de autistas, descobrimos que além da luta pelo diagnóstico, tratamento, educação, etc. existe outra batalha a vencer: o preconceito. Percebemos que, apesar desse convívio com a diversidade, o cidadão ainda rejeita o “diferente”. Não busca conhecer, tão pouco compreender o outro. E essa busca por reconhecimento e aceitação é mais uma luta das famílias e parceiros das mais diversas causas.
O dia-a-dia da mãe de um autista é bem intenso. Aquelas atividades comuns, como andar de ônibus, brincar no parque ou ir ao supermercado podem ser tornar um desafio para seus filhos, que têm receio de lugares diferentes e cheios de pessoas desconhecidas ou desagradáveis para elas, que precisam lidar com os olhares de rejeição e acusação de outros tantos desconhecidos.
Karen Rozane Scheer, mãe do Pedro - de 12 anos - que já sofreu preconceito (inclusive dentro do próprio condomínio onde mora) explicou: “eu não me escondo e não escondo o meu filho, mas vou te dizer que a sociedade é cruel, ela é preconceituosa... As pessoas não estão preparadas, então a gente tem que preparar elas”. Karen também é diretora da AMPARHO (Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico) criada por um grupo de pais que buscava se apoiar na luta pelos direitos dos seus filhos, além de amparar uns aos outros e aos “novos pais” de autistas.
Talvez você até conheça o autismo, provavelmente através do pouco contato que teve o primo distante daquele vizinho com quem você pouco conversa. Mas amanhã ele pode estar bem mais próximo do que você imagina. Então, por que resistir? Não devemos evitar esse debate.
A conscientização não é algo que surge com naturalidade. Não decorrerá de um lapso involuntário, mas sim de estudo, da busca pela informação. O mínimo que o “cidadão comum” deve fazer é buscar informações sobre essa e outras condições. Esse pouco conhecimento, ainda mais se compartilhado, poderá evitar uma série de injustiças e cenas preconceituosas.
A psicóloga Lilian Rocha Gomes Tavares, que também é mãe de Luiza, comentou sobre o assunto e resumiu para nós, de forma simples, o que devemos refletir sobre o tema.










quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Agentes inclusivos

No mês de novembro ocorreu o Curso de Formação de Cuidadores para os profissionais da rede municipal de ensino. Oferecido numa parceria entre o Centro de Atendimento ao Autista Doutor Danilo Rolim de Moura e o Capta, Centro de Apoio, Pesquisa e Tecnologias para a Aprendizagem, o curso ocorreu nos dias 19 e 20 de novembro, no CDL.
Com o propósito de capacitar informando, foram oferecidas quatro palestras. No dia 19 os temas foram “legislação” e “terapia ocupacional”, restando para o dia 20 a abordagem específica do “Transtorno do Espectro Autista” e “higiene e primeiros socorros”.
Na abertura do evento, a palestrante Carmen Silvia Lenzi, pedagoga, especialista em políticas públicas e em educação de surdos, explicou a história da inclusão desde o seu início. Entre os principais acontecimentos citados por ela estão o ano de “1975 - declaração dos direitos das pessoas com deficiência” e o ano de “2007 - Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência”.
O evento ocorreu de maneira harmônica. Nele foi aberto um espaço amplo para discussões e esclarecimentos. Ao final do evento, o Centro e o Capta alcançaram o seu objetivo, “formar e informar”, além de dar apoio e oferecer o suporte para o trabalho dos cuidadores.

Quem são os cuidadores:
Os cuidadores são os profissionais capacitados para trabalhar nas escolas auxiliando os alunos que necessitam de um atendimento individualizado (autistas, deficientes, etc).

De que forma os cuidadores trabalham:
Eles atuam no contato direto com o aluno, ajudam no que é necessário, como locomoção, alimentação, etc. Portanto, o cuidador será o agente que melhor conhece o aluno (no caso do aluno autista, será o profissional mais capacitado para proteger e conter o aluno se houver alguma crise).

O cuidador não substitui o professor ou qualquer outro profissional da escola, ele tem função específica: colaborar para a adaptação e inclusão do aluno na escola regular de ensino.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aconteceu: Evento promovido pela Equipe Multiprofissional

Balões, camisetas, cupcakes e muitos lacinhos cor-de-rosa... Assim foi a tarde de ontem, 23 de outubro de 2014.


O evento, organizado pela Equipe de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Criança, tinha como objetivo alertar sobre a saúde da mulher, principalmente o câncer de mama, grande "vilão" que ataca silenciosamente o corpo feminino.

O público alvo da ação eram as mães e cuidadoras de alunos do Centro. Estavam presentes também, além da equipe multiprofissional, profissionais do Programa de Atenção à Saúde Oncológica do Hospital Escola da UFPel.

Além de oferecer corte de cabelo, maquiagem e brindes, as equipes conseguiram criar um espaço para discussão sobre o tema, onde todos tentavam identificar mitos e verdades sobre o câncer de mama. No final concluímos que:

O câncer tem cura. // O consumo de bebida alcoólica aumenta o risco de câncer de mama. // Câncer pode induzir à depressão. // Homens também podem ter câncer de mama. // É importante fazer o auto-exame regularmente, porém, ainda assim realizar a mamografia anualmente.  // Câncer não é contagioso. // O câncer de mama nem sempre aparece com caroços. // Nem todo caroço na mama é câncer. // Nem todo tumor é câncer. // Traumas (batidas) não são responsáveis por tumores. // Sutiã apertado não causa câncer de mama. // Não há comprovação de que alimentos cozidos em forno microondas causam câncer. // A pílula anticoncepcional não causa câncer. // Próteses de silicone não favorecem o desenvolvimento do câncer.

Vale ressaltar que é extremamente importante realizar o auto-exame regularmente, crie esse hábito (uma boa dica é fazer isso durante o banho). Também devemos esclarecer que a partir dos 40 anos a mamografia deve ser realizada anualmente (em caso de histórico familiar, o ideal é realizar o exame a partir dos 35 anos). Com diagnóstico precoce existem mais chances de cura. 

Dica: O site http://www.mulherconsciente.com.br/ é um bom aliado à saúde da mulher, traz informações mais detalhadas sobre Câncer de Mama, Câncer de Ovário e Câncer de Colo de Útero. Vale dar uma "espiadinha".

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Aconteceu: Curso de Formação Continuada em Transtorno do Espectro Autista

No último final de semana ocorreu, no auditório do Colégio Municipal Pelotense, a segunda etapa do Curso de Formação Continuada em Transtorno do Espectro Autista, oferecido para profissionais da educação que trabalham com autistas.

O tema "Teoria da Mente - Estudos de Casos e Avaliação" foi apresentado pela  pedagoga especial e psicopedagoga Karla Wunder da Silva que dividiu com os demais as experiências do seu trabalho com o autismo dentro das escolas.

A palestrante falou sobre o cotidiano escolar, frisou que cada escola vive sua realidade, que cada aluno é diferente, e que o que funciona para um, pode não funcionar para outro. Segundo ela, devemos dar atenção às individualidades e o bom senso é o melhor aliado em todas as situações. 

O objetivo do curso é oferecer uma qualificação continuada para os profissionais. Nesta segunda etapa, além dos educadores do Centro, foram convidados professores das salas de recursos  e professores auxiliares da rede municipal, duas mães da Amparho Autismo  e professores de AEE. A primeira etapa ocorreu em fevereiro e a terceira ainda está sendo planejada.



sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Outubro Rosa


Bem-vindo mês do rosa, 

     Ao contrário do que muitos pensam, outubro não é só o "mês das crianças". Outubro também é o mês do rosa.
     A cor rosa culturalmente representa o "Universo Feminino", sua delicadeza é sempre vinculada à imagem da mulher. Não é à toa que essa foi a cor escolhida para representar algo tão importante - a luta contra o câncer de mama.
     Na década de 90, nos Estados Unidos, que as primeiras ações em prol da prevenção do câncer de mama começaram e quando, pela primeira vez, o laço cor-de-rosa foi utilizado como símbolo dessa causa e ao mês de outubro atribuído o dever de carregar essa responsabilidade. 
     Hoje, além de laços e camisetas, também podemos observar prédios iluminados de rosa. Símbolos das cidades, que naturalmente chamam atenção pela sua história e beleza, se transformam em "alerta" para a população. 
     "Outubro Rosa" é como um aviso para termos cuidado. Um simples lembrete de que devemos dar atenção à nossa saúde e a de quem amamos. Como podemos fazer isso? Uma simples mamografia pode ser o primeiro passo, pois o diagnóstico precoce do câncer contribui significativamente para a cura.
Mais informações sobre o Outubro Rosa: http://www.outubrorosa.org.br/

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O “brincar” da educação



  Quem pensa que vídeo game serve apenas para diversão está enganado. É o que prova o projeto desenvolvido pelo Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura.

  O Centro de Atendimento ao Autista Doutor Danilo Rolim de Moura desenvolve diversas atividades que visam o progresso dos seus alunos e que, além de ensinar, visam melhorar a qualidade de vida deles e de seus familiares.

Entre todas as aulas ofertadas, o Projeto “Xbox – Vamos participar desse mundo!”, oferecido dentro da disciplina de Tecnologia Assistiva, é o que gera maior curiosidade. Afinal, como brincar pode ajudar na educação?

  A professora de Tecnologia Assistiva, Milene Cordeiro Viana, explica que apesar do vídeo game ser visto como um brinquedo, com a finalidade de distrair e divertir, o Xbox, abre um leque de possibilidades. A partir dele, é possível trabalhar a parte física, cognitiva e a socialização dos alunos.

  De acordo com a proposta do projeto, o jogo desenvolve o raciocínio (amplia e facilita a aprendizagem), estimula o indivíduo a se desinibir, ouvir e escutar, assim encorajando a fala e aumentando o seu vocabulário. Também melhora o autocontrole, orientação espacial e temporal, posição, direção, lateralidade, coordenação motora, gestos, expressão facial e corporal, a percepção auditiva e visual de maneira ativa e refletida. Além de auxiliar na socialização e interação dos alunos, na tolerância e no saber esperar para realizar uma atividade, no espírito competitivo e na elevação da autoestima.

  Quem conhece o autismo sabe que existem barreiras entre o autista e o que acontece ao seu redor, é como se ele vivesse em um universo particular. Portanto, apenas a possibilidade de fazê-los “brincar” juntos é um grande progresso. Quando o autista consegue socializar, ele abre uma janela para o mundo exterior, uma linha de contato com a “nossa” realidade.



Entenda melhor como funciona a atividade: