terça-feira, 30 de setembro de 2014

O “brincar” da educação



  Quem pensa que vídeo game serve apenas para diversão está enganado. É o que prova o projeto desenvolvido pelo Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura.

  O Centro de Atendimento ao Autista Doutor Danilo Rolim de Moura desenvolve diversas atividades que visam o progresso dos seus alunos e que, além de ensinar, visam melhorar a qualidade de vida deles e de seus familiares.

Entre todas as aulas ofertadas, o Projeto “Xbox – Vamos participar desse mundo!”, oferecido dentro da disciplina de Tecnologia Assistiva, é o que gera maior curiosidade. Afinal, como brincar pode ajudar na educação?

  A professora de Tecnologia Assistiva, Milene Cordeiro Viana, explica que apesar do vídeo game ser visto como um brinquedo, com a finalidade de distrair e divertir, o Xbox, abre um leque de possibilidades. A partir dele, é possível trabalhar a parte física, cognitiva e a socialização dos alunos.

  De acordo com a proposta do projeto, o jogo desenvolve o raciocínio (amplia e facilita a aprendizagem), estimula o indivíduo a se desinibir, ouvir e escutar, assim encorajando a fala e aumentando o seu vocabulário. Também melhora o autocontrole, orientação espacial e temporal, posição, direção, lateralidade, coordenação motora, gestos, expressão facial e corporal, a percepção auditiva e visual de maneira ativa e refletida. Além de auxiliar na socialização e interação dos alunos, na tolerância e no saber esperar para realizar uma atividade, no espírito competitivo e na elevação da autoestima.

  Quem conhece o autismo sabe que existem barreiras entre o autista e o que acontece ao seu redor, é como se ele vivesse em um universo particular. Portanto, apenas a possibilidade de fazê-los “brincar” juntos é um grande progresso. Quando o autista consegue socializar, ele abre uma janela para o mundo exterior, uma linha de contato com a “nossa” realidade.



Entenda melhor como funciona a atividade:






Sem comentários:

Enviar um comentário